8.5.10

ARQUIVO

Das imagens do nosso tempo
Uma flor, um rio, um caminho


Ele, o cineasta, inspirou meus dias
Como quando olhamos para o céu
A fim de cegar do azul
Não era para estarmos acordados?

O anjo disse uma vez
Que nos guardaria a todos,
Que nos guardaria de nós mesmos
Para toda a eternidade

Que venham então
As árvores
Os pássaros
O vento
Imprimindo nossas manhãs com a palavra
Amor

Tantos quantos forem os dias
Melhor para a arte que pretendemos
Melhor ainda o sono (que não nos falte)
E com ele as imagens
Lembraremos de tudo ao acordar?

ARQUIVO
(para Ana Carvalho – do aniversário de Janeiro)

1.5.10

o vinho é o elixir da verdade
disse o poeta uma vez
mais vinho para celebrar o poema!
que nasce de dentro dos porões da mente
eis que embriagados rimos felizes
eis que uma lágrima corre melancólica
sobre a face