3.12.12

como nasce um poema*


Pela fresta da janela 

atravessa um galho

enquanto você 

sonha árvores 



Sobre o seu corpo

calo o meu corpo

e na sua boca

deito a minha boca



Permita em seu sonho

que eu adentre inteira

como esta luz

que invade o quarto




*enquanto dormia,

a sombra das árvores

acariciava a parede branca