30.12.11

Só sinto o presente
Não consigo viver da lembrança
tampouco de imaginar o futuro
Só sei que é dor, quando dói
Não sinto frio
a menos que invada o quarto

Sinto o corte sangrar
quando a faca atravessa o punho
Consigo pensar seu sorriso
mas não saberia capturá-lo
com os olhos de quem olha apaixonado

É preciso que a noite chegue
e que me tome em seus braços
É preciso possuir o meu corpo, como antes
No poema, vivo a lembrança e imagino o futuro
Apenas na sua presença
se torna carne

15.12.11

meu bem,
não importa a quem este corpo pertença
se é pelo seu que clama e chora
pelas noites sem fim
pelo beijo
pela luz da manhã
a romper em versos

vem mais uma vez, vem?

na sua cama
adormeço
vem trazer a paz
abrandar a minha alma
ensaiando nova despedida