– Jovens e já andam velhos.
(Diz a quinta página do romance a ser lido)
O peito inflado.
Angustiadas esperanças sobre verdade alguma.
O poeta
(nada mais o impede)
espia da janela,
sente fisgar a face.
Trava a respiração.
– Sou eu, sou você falando asneiras?
Fora do estômago, o jantar de ontem
coalhando na pia.
O ar está excessivamente puro nesta manhã.
Os pulmões se arrebentam em folhos.
E a vizinha dos gatos amarga na área de serviço.
Diga alto, por favor,
ninguém dorme na casa.
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