14.9.10

Sinto nostalgia do tempo em que escrevia no sobrado da Serra
A atmosfera do escritório, os livros na estante
Os galhos das árvores na janela imprimiam um ritmo incomum
O vento fazendo curva na Oriente
Os gatos da vizinha empoleirados


Era feliz o tempo em que os amigos lá iam
E fazíamos festa
Tudo passou pela sala escura

O tempo hoje é um florescer contínuo
Não cabendo mais a melancolia
Tateando as letras
Procuro uma imagem escondida
O sorriso de agora que não posso revelar 


para Nica, Edu e Garro

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