Poemas de Curitiba II
O lençol azul clarinho no varal
Mas ontem era um velho com lenço azul no pescoço
A casa da pianista visitada
No desencontrar de janelas
É tão antiga quanto o sofrer à toa
Por pequenas queixas no corpo
Ações, bocejos, objetos fora do lugar
Os risos atravessam essas janelas
E adentram cômodos do pensamento
No pequeno apertamento
Vejo o velho, mas não a vejo, pianista
Apenas o canto da cama onde repousa
Sempre coberta por uma manta xadrez
Ela, pianista, o mistério que habita
Tais edifícios no centro da melancólica e triste cidade
Curitiba
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