Entre o sono e o estar acordado
Penso frases que me são caras
Jamais irei reproduzi-las tal qual se processam em mim
Porém, se as ouço apenas e não escrevo
Uma insônia absurda toma a mim o sonho desejado
Da cama à caderneta, o que se perdeu?
O pensamento mais ágil do que os dedos
Uma laranja para a digestão
Amor embalado por uma canção de jazz
O menino dorme
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* para Matias Monteiro, às 5h da matina
30.12.08
27.12.08
De cartas e canções
Poderia endereçar a você todos os poemas
Mas o que nos separa
A idade, a monogamia?
Atingir com palavras
Este sentimento comum que atrai os homens
(Amor)
Ouço sua voz, um violão
Ouço amargar uma espécie de solidão
A noite garoando inteira
Vento úmido cortando a espinha
Pés descalços no assoalho frio
Aqui, pairam versos seus
Os meus
Na gaveta, apenas rascunhos
de um romance sem graça
Não posso lhe desejar agora
(Minto)
Desejar eu posso
Mas o que nos separa
A idade, a monogamia?
Atingir com palavras
Este sentimento comum que atrai os homens
(Amor)
Ouço sua voz, um violão
Ouço amargar uma espécie de solidão
A noite garoando inteira
Vento úmido cortando a espinha
Pés descalços no assoalho frio
Aqui, pairam versos seus
Os meus
Na gaveta, apenas rascunhos
de um romance sem graça
Não posso lhe desejar agora
(Minto)
Desejar eu posso
Aporia
Se desvio o olhar é por insegurança
Mas vejo seu rosto recortado na parede branca
Na noite tudo padece
Seus olhos floresta
Sonhei você
Hesitei
Adentrar na floresta
Ajustar o foco
Desfocar o fundo
Amar você?
O toque pareceu impossível
Mas vejo seu rosto recortado na parede branca
Na noite tudo padece
Seus olhos floresta
Sonhei você
Hesitei
Adentrar na floresta
Ajustar o foco
Desfocar o fundo
Amar você?
O toque pareceu impossível
Desenhos
Talvez quisesse uma terra boa
Neste descampado onde vi pinturas rupestres
Crença na origem
Talvez duvidasse da existência dos homens antes dos homens
Se a matriz do desavisado é o plágio
A minha é o fingimento
Neste descampado onde vi pinturas rupestres
Crença na origem
Talvez duvidasse da existência dos homens antes dos homens
Se a matriz do desavisado é o plágio
A minha é o fingimento
18.12.08
Palu
A aldeia fica afastada do grande centro
O sol impera ao meio-dia
queima florestas
Se fosse esperar pelo tempo
não traçaria dois círculos e uma reta
– A estrada precisa atravessar sítios
Os olhos ardendo em febre
Ignorou o gesto do velho Soba
– Talvez não vingue por aqui
O sol impera ao meio-dia
queima florestas
Se fosse esperar pelo tempo
não traçaria dois círculos e uma reta
– A estrada precisa atravessar sítios
Os olhos ardendo em febre
Ignorou o gesto do velho Soba
– Talvez não vingue por aqui
16.12.08
12.12.08
Sem teoria
Na sala de estar: uma cadeira, alguns livros, objetos de porcelana
A TV exibe imagens desgastadas
Não sei se padeço de algum mal
Porção de tempo
A TV exibe imagens desgastadas
Não sei se padeço de algum mal
Porção de tempo
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