26.9.04
*.* (scrapbook - muito pessoal) para eassis
e o ar penetra em nossos pulmões. nesse ar (pairam) escritos seus. não sei bem por onde começar a ler. sei que pareço uma leitora que aqui está completamente.
***
vocês juntos.
ela adoçaria sua vida e você faria (para ela) macarrão, serviria vinhos, depois café com diamante negro.
veriam constelações, dessa cobertura mágica que tem na sua casa. depois assistiriam a um filme do godard, "elogio ao amor", creio, deitadinhos, digo.
é isso que todos nós queremos: uma pessoa para estar com a gente, tornar esta vida mais leve.
tomar soverte na universal.
e o ar penetra em nossos pulmões. nesse ar (pairam) escritos seus. não sei bem por onde começar a ler. sei que pareço uma leitora que aqui está completamente.
***
vocês juntos.
ela adoçaria sua vida e você faria (para ela) macarrão, serviria vinhos, depois café com diamante negro.
veriam constelações, dessa cobertura mágica que tem na sua casa. depois assistiriam a um filme do godard, "elogio ao amor", creio, deitadinhos, digo.
é isso que todos nós queremos: uma pessoa para estar com a gente, tornar esta vida mais leve.
tomar soverte na universal.
21.9.04
20.9.04
18.9.04
do diário
de uma rapariga
assim quando você passa, cria,
entre o olhar,
o sorriso,
e um bocejo:
ruído.
encontrar você,
em uma esquina qualquer.
então: unha postiça,
batom vermelho,
casaco de festa...
uma cerveja,
um cigarro.
longe, o vejo mais ainda.
o corpo amolece...
mais um gole,
embriagada.
aqui a luz do poste cega.
voltar pra casa,
ler outro romance.
tanger o corpo
é mais seguro numa cama.
(a versão ilustrada desse texto
está na revista graffiti
76% quadrinhos n. 12)
de uma rapariga
assim quando você passa, cria,
entre o olhar,
o sorriso,
e um bocejo:
ruído.
encontrar você,
em uma esquina qualquer.
então: unha postiça,
batom vermelho,
casaco de festa...
uma cerveja,
um cigarro.
longe, o vejo mais ainda.
o corpo amolece...
mais um gole,
embriagada.
aqui a luz do poste cega.
voltar pra casa,
ler outro romance.
tanger o corpo
é mais seguro numa cama.
(a versão ilustrada desse texto
está na revista graffiti
76% quadrinhos n. 12)
17.9.04
scrapbook para anônimo nononô
o ipê, só ele dá um romance:
a história de uma árvore que floresce apenas uma vez, durante uma semana. aquilo que encanta nossos olhos, nos enche de esperança.
mas
uma outra vez,
só no próximo ano.
esperar assim,
para vê-lo amarelo,
vale a pena?
esta é a questão principal da história.
o ipê, só ele dá um romance:
a história de uma árvore que floresce apenas uma vez, durante uma semana. aquilo que encanta nossos olhos, nos enche de esperança.
mas
uma outra vez,
só no próximo ano.
esperar assim,
para vê-lo amarelo,
vale a pena?
esta é a questão principal da história.
12.9.04
gracia:
don natural que hace agradable a la persona que lo posee;
cierto donaire y atractivo que se advierte
en la fisionomía de ciertas personas;
afabilidade y buen modo en el trato com las personas;
beneficio, concesión gratuita.
(esse y mais 40 000 términos están
en lo pequeño diccionario
de la lengua española)
don natural que hace agradable a la persona que lo posee;
cierto donaire y atractivo que se advierte
en la fisionomía de ciertas personas;
afabilidade y buen modo en el trato com las personas;
beneficio, concesión gratuita.
(esse y mais 40 000 términos están
en lo pequeño diccionario
de la lengua española)
11.9.04
taci
conheço desde quando ela nasceu.
tinha seis meses quando minha mãe foi visitar o bebê.
dizem que eu esparramei na cama (de enorme)
e ela era apenas um ratinho.
tão miudinho, que até hoje requer um carinho danado.
ficar triste. a vida às vezes é dura.
esquece esse barulho ruim.
tudo vai melhorar,
prometo.
conheço desde quando ela nasceu.
tinha seis meses quando minha mãe foi visitar o bebê.
dizem que eu esparramei na cama (de enorme)
e ela era apenas um ratinho.
tão miudinho, que até hoje requer um carinho danado.
ficar triste. a vida às vezes é dura.
esquece esse barulho ruim.
tudo vai melhorar,
prometo.
8.9.04
7.9.04
ROTINA
pires, xícara, café.
prato, faca, manteiga, farelo de pão.
ela olha o relógio.
torneira, água, sabão: banho.
toalha.
sair antes das onze.
calcinha, vestido, coturno.
batom, colar de bolas.
bracelete.
chave do carro, agenda, bolsa: celular.
oi! aqui é JUPIRA! cara, cê num tem noção... rárárárárárárá... tenho que pegar um material na casa do joão, entregar no centro de cultura até onze e meia, receber uma figura chatérrima no aeroporto da pampulha, levar pra almoçar, deixar no hotel, depois encontrar o ribão e a ana pra gente ir gravar um documentário que tem sido complicadíssimo, buscar a tal figura sete horas, deixar no centro de cultura, passar na casa do jair, pegar com ele uns filmes importantíssimos sobre comunidades migratórias no extremo norte da áfrica do sul, ir pra reunião do forumdoc que começa às oito, depois cara, só me resta tomar todas no bar do clôde (...)
só que esse trânsito tá embaçado PRACARALHO!!! tô atrasadíssima.
te ligo depois...
pires, xícara, café.
prato, faca, manteiga, farelo de pão.
ela olha o relógio.
torneira, água, sabão: banho.
toalha.
sair antes das onze.
calcinha, vestido, coturno.
batom, colar de bolas.
bracelete.
chave do carro, agenda, bolsa: celular.
oi! aqui é JUPIRA! cara, cê num tem noção... rárárárárárárá... tenho que pegar um material na casa do joão, entregar no centro de cultura até onze e meia, receber uma figura chatérrima no aeroporto da pampulha, levar pra almoçar, deixar no hotel, depois encontrar o ribão e a ana pra gente ir gravar um documentário que tem sido complicadíssimo, buscar a tal figura sete horas, deixar no centro de cultura, passar na casa do jair, pegar com ele uns filmes importantíssimos sobre comunidades migratórias no extremo norte da áfrica do sul, ir pra reunião do forumdoc que começa às oito, depois cara, só me resta tomar todas no bar do clôde (...)
só que esse trânsito tá embaçado PRACARALHO!!! tô atrasadíssima.
te ligo depois...
5.9.04
as coisas me vem assim:
de um detalhe qualquer.
quase nunca cumpro o ritual.
mas às vezes dá uma alegria desesperada.
ouvir um sussurro.
bem aqui (óh).
pode até ser que eu seja mesmo boba.
mas dessa bobagem,
que a gente bem sabe,
aquele ruidinho esquisito,
é que o mundo se faz.
cara,
tô falando de amor.
(trecho retirado do diário de uma rapariga)
de um detalhe qualquer.
quase nunca cumpro o ritual.
mas às vezes dá uma alegria desesperada.
ouvir um sussurro.
bem aqui (óh).
pode até ser que eu seja mesmo boba.
mas dessa bobagem,
que a gente bem sabe,
aquele ruidinho esquisito,
é que o mundo se faz.
cara,
tô falando de amor.
(trecho retirado do diário de uma rapariga)
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