25.5.09

Hilda*

Que seja alcoólatra e desbocada como HH
Mas que não falte a beleza
Dos amantes...
Ah! Como soube, com o mais puro gesto
Versos impagáveis

Que dela herde a escrita eloqüente
A pura lucidez e franqueza

Merda!

Depois o gozo

Desapontá-la talvez
Chamaste de parnasianas as poetisas
Então, infeliz da personagem inventada?
Acreditar no amor, nos pássaros, no vento
Melhor para a poesia destes tempos


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*para Viola

17.5.09

regozijo

No corpo a inscrição do nome
A faca a atravessar a carne
Em estado febril não se distingue sonho de realidade
O suor a molhar os lençóis

4.5.09

ao ler Michel Foucault

O que me conecta ao amolador de facas?
Seu chamado ritmado
Som a cortar o ar
O código a ser decifrado
O fato de ter facas?

Fou-cault