2.4.07

A dor do poeta

Se perguntar ao poeta,
ele dirá que não sabe como se arranca uma dor.
Eu, que não sou poeta,
também não sei arrancar com as mãos a dor.
Queria ouvir uma música suave,
apenas isso,
mas os ouvidos estão tampados.
Se há música, se há tom suave,
ele passará pelas frestas da janela e tocará o rosto.
Acariciará a pele,
talvez amanhã, talvez sempre.

(para Júnia)

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