2.8.08

Da Torre Mais Alta*

Falemos na mocidade presa
Deprimida
Delicadeza perder a vida

Da alma
Não posso negar
Flores sobre a mesa vazia
Disse: – Acaba (devagar)
Promessas ao vento
O bem que seja
Aspiro
Retirante
Amor derradeiro

Ao menos pudesse sonhar
Diria palavras
Erguida aos céus
Sede estranha que ofusca a garganta

Que campos visitar?
Condenada
Duvidando do hálito amargo
Moscas selvagens
Na imagem que assola
Uma senhora, um grito
Quem rezaria Ave Maria?

Oprimida mocidade
A pureza, o encanto
Num estalar de dedos,
Que o tempo venha
– Arthur!
Sua poesia esfola viva


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*para Quel Junqueira, para Fred Sabino

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