Ponta de Lança #2
O sertão que meu coração habita é por natureza
Antropofágico
É pra lá que eu quero ir um dia
Entre os vales de mar e pedra
Terra de sol, terra salgada
Quando caminhar por uma trilha e encontrar uma vereda
Molharei os pés na água e cruzando os dedos
Hei-de amar um poeta
um grande lagarto verde,
com olhos de pedra e água
Do lado de cá
O sertão é ave rara, olhos de diamante
Assim como os dos poetas
A devorarem parte da alma
um atropelo de sinos processionais
no silêncio
lá fora tudo volta
à espetaculosa tranquilidade de Minas
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