18.9.04

do diário
de uma rapariga


assim quando você passa, cria,
entre o olhar,
o sorriso,
e um bocejo:
ruído.
encontrar você,
em uma esquina qualquer.
então: unha postiça,
batom vermelho,
casaco de festa...
uma cerveja,
um cigarro.
longe, o vejo mais ainda.
o corpo amolece...
mais um gole,
embriagada.
aqui a luz do poste cega.
voltar pra casa,
ler outro romance.
tanger o corpo
é mais seguro numa cama.

(a versão ilustrada desse texto
está na revista graffiti
76% quadrinhos n. 12)