10.11.04

crônica

o que mais me intriga na escola de direito é aquele sinal. me faz lembrar o primário, em que um barulho de sirene anunciava o término do recreio ou o fim da aula.
vejo rapazes em seus ternos bem comportados, e moças, cada uma exibindo seu corte.
o anjo exterminador ?
na cantina, uns caras jogam truco.
há um cheiro insuportável de macarrão na chapa.
alguém come ruidosamente.
(embrulho no estômago)
desço as escadas, atravesso o prédio.
placas de metal exibem nomes de formandos. são como lápides.
(ou) o sonho de eternidade.
entro no jardim central.
contemplando um bem-te-vi, percebo que o lugar não está completamente perdido.

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