30.12.11

Só sinto o presente
Não consigo viver da lembrança
tampouco de imaginar o futuro
Só sei que é dor, quando dói
Não sinto frio
a menos que invada o quarto

Sinto o corte sangrar
quando a faca atravessa o punho
Consigo pensar seu sorriso
mas não saberia capturá-lo
com os olhos de quem olha apaixonado

É preciso que a noite chegue
e que me tome em seus braços
É preciso possuir o meu corpo, como antes
No poema, vivo a lembrança e imagino o futuro
Apenas na sua presença
se torna carne

2 comentários:

Confligerante disse...

O importante e o real é aquilo que o poeta ficciona, o poeta infecta.

glaura disse...

falou e disse, joão!