16.3.15

Poemas de Curitiba II


O lençol azul clarinho no varal 

Mas ontem era um velho com lenço azul no pescoço 

A casa da pianista visitada 

No desencontrar de janelas 

É tão antiga quanto o sofrer à toa

Por pequenas queixas no corpo 

Ações, bocejos, objetos fora do lugar

Os risos atravessam essas janelas 

E adentram cômodos do pensamento 

No pequeno apertamento 

Vejo o velho, mas não a vejo, pianista

Apenas o canto da cama onde repousa

Sempre coberta por uma manta xadrez

Ela, pianista, o mistério que habita

Tais edifícios no centro da melancólica e triste cidade 

Curitiba   

 

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