(para Li e Let)
Ao ver Catita e Su brincarem no quintal, se lembra do quanto ele lhe parecia perigoso na infância. Insetos esquisitos, atrevidos, minhocas a saltitar pela terra numa coreografia quase pornográfica. Mas o que mais a impressionava era a quantidade de plantas que, em vasos diversos, às vezes em latas de tinta e baldes velhos, estranhamente compunham aquele cenário. Lembrou-se do dia em que colocou fogo numa folha seca de bananeira quase causando um incêndio na casa. Várias delas ficaram torradas. Catita pega a mangueira e vai aguar algumas plantinhas que restaram daquele fabuloso quintal, enquanto Su fica olhando admirada. Quanto mais o tempo foi passando, mais o estreito chão de cimento tomou conta do lugar. Hoje o quintal se transformou num enorme pátio. Catita agora está sentada ao lado do banco de ardósia, caçando formiguinhas. E Su saltita numa poça d’água. Ambas terão que tomar banho.
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