11.8.11

Llansol:

Quantas vezes os nossos olhares se trocam. Quase sempre, vão e voltam e, quando não voltam, quantas vezes nos esquecemos de libertar o segredo da posse. E é de propísito que o fazemos.

Sabemos que em nada nos podemos mentir e, mesmo mentindo, o outro conhece a verdade e acredita na mentira que estamos trocando. E não é por mal. 

a Ela você pergunta:

O quanto se pode mentir quando a escrita é mais importante?

Llansol: 
  
Quantas vezes sabemos que a alma está pairando no rebordo dos dedos pousados na mesa. E continuamos como se não tivéssemos a alma que, de facto, temos. 

E me diz, olhando o horizonte:

Vejo um jardim magoado







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