20.8.11

tento tornar a insônia produtiva. sei que tenho que levantar, acender a luz, procurar lápis e papel, achar a razão do poema. mas a razão permanece no corpo imóvel. que busca, com o pensamento, ordenar frases. o corpo se nega a acender a luz. mesmo sabendo que, se não o fizer, amargará por não deixar fluir as notas que ofereço.

a lua sorri mais uma vez com ironia, enquanto Pessoa nos rouba os sonhos. os mesmos que permaneceram guardados, para que apenas você pudesse tocar.  somente pela manhã saberemos. a cama do poeta é um bom lugar para se deitar.


(para o grave)

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