5.8.10

A loja de quinquilharias

A porta do vizinho sempre estava aberta
Nunca precisou tocar campainha
Ou gritar no portão
Quando dele necessitava algum aviamento
Era só entrar, escolher, depositar as moedas na registradora
Um dia, havia apenas um corpo no chão
Fora a imagem mais forte de então

Recuperei esta imagem
Ao ouvir o trem nesta manhã de sol
Estendendo as roupas no varal

Pensei na sorte
Olhei para o céu
A luz acariciando a face

Nenhum comentário: