Para o Eduardo Assis
Nem sempre o que eu escrevo
é o que eu escrevo
Às vezes é exatamente o sentimento atravessando a alma
Como uma lâmina afiada
Por vezes, a evidência de uma voz alheia
Um grito
Quase sempre blefo
Como num jogo de cartas
Aprendi a ganhar muitos feijões no pôquer
Fingindo não saber jogar
A tabela de combinações ao lado
Não é que as cartas me saíam por entre os dedos?
Pousá-las uma a uma
Requinte de sarcasmo
Ai como é gostoso o gosto de cerveja...
Alguém está na Irlanda
Vagando pelas ruas
Se perdendo nas livrarias e cafés
Procurando uma mesa, alguns feijões
Cortando o baralho em três
Quem me ensinou a blefar
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