19.8.10

a vespa e a orquídea

5#10

entre seus olhos
o meio
nosso amor é rizomático
não tem início nem fim
sempre em vias de se fazer
no infinito

você atravessa em mim
desejos segredados
eu em você sou vespa e orquídea

no rio
roendo as margens
adquirimos velocidade no meio

o filósofo diz:
faça a linha e nunca o ponto

o poeta diz:
o mundo do rio não é o mundo da ponte


o que é o amor?
justo onde ele se esconde

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