18.2.11

na parede branca escrevo

és pura 
como a água que o rio recebe
levando para o mar
todo o encantamento

antes, deita sobre as margens 
seus versos que ora navego
do amor que sonho revelar
a lembrança das noites quentes
buscando no céu o abrigo das estrelas 
encobertas pela lua que brilha cheia

tantos livros para serem lidos
tantos chás que não fizemos

quantas plantas a casa ainda precisa?

és quente
como a cor da aurora
que toca o dia 
e sua escrita 

----
para ana martins

Nenhum comentário: